Cidade do Galo, de 1999 até hoje.

Bom, pra começar já deixo claro que minha memória não é a de um PVC ou de um Leonardo Bertozzi, especialmente para datas, portanto se eu postar algo errado e alguém quiser me corrigir, estejam à vontade.

Depois de ler a coluna do Chico Maia, achei que seria interessante postar algumas coisas sobre a Cidade do Galo, principalmente para a molecada mais nova entender com que custo aquela estrutura foi criada e como ela está sendo, a cada dia, aprimorada e desenvolvida.

Em 1999 estreamos de vez o CT. Não tinha absolutamente NADA lá, além de um vestiário acanhado e mal acabado, um campo (o principal) e o esqueleto do hotel da base. Quando mudamos pra lá era puro mato. A rua principal do CT dava acesso aos moradores do Morro Alto à parte de cima do bairro, não havia guarita, segurança, e qualquer um poderia entrar, sentar do lado de fora do alambrado do campo e assistir ao treino. Frequentemente, inclusive, torcedores rivais.

A UMBRO ajudou na primeira melhoria do CT. O vestiário deixou de ter piso de cimento, recebeu armários melhores e a área que anteriormente era usada como estacionamento e área de lavagem de carros dos atletas virou a academia (sim, não tinha nem academia). Ainda com aparelhos acanhados, a academia passou a suprir uma das demandas do clube. Mas ainda faltava o tanque frio e a piscina, que foram construídas depois.

Nisso o esqueleto do prédio da base passou a ser olhado com carinho. O objetivo era tirar a molecada do casarão do Planalto, um puta terreno, porém com construções antigas, padrão de higiene baixo (ratos e baratas eram constantemente vistos), onde frequentemente faltava-se comida para os atletas e também difícil de controlar os jogadores, visto que são 3 prédios (um principal e 2 anexos) com quartos espalhados.

A estrutura que tínhamos lá no esqueleto era metade do que temos hoje. Essa metade foi criando corpo e a molecada mudou pra lá. Ainda com muita carência. Não havia sala de musculação, os jogadores não contavam com televisão nos quartos, o refeitório ainda contava com a aparelhagem do antigo casarão do Planalto, lavanderia também com aparelhagem antiga e os jogadores não contavam com nenhuma opção de lazer. Mais 3 campos foram construídos. 2 para a base, e 1 para o profissional. Os 2 da base em dimensões menores (ainda que oficiais) e o do profissional com dimensões máximas.

Com a demanda da imprensa, o Atlético construiu junto à sala de musculação uma espécie de “deck panorâmico” em cima de um pedaço da arquibancada do campo principal. A princípio, apenas banheiros e a aparelhagem básica pros boletins ao vivo estavam disponíveis. Não havia backdrop, mesa para os entrevistados, microfone, etc. Hoje a sala de imprensa conta, além de bons equipamentos eletrônicos para os jornalistas, com banheiros bonitos e amplos, ar condicionado, uma “copa” e, recentemente, uma geladeira da Brahma com refrigerante e água para os jornalistas.

Voltando às obras. A base ganhou as televisões, acho, dos Amigos do Galo. Mas não tinha grana pra comprar os suportes. Demorou uns 2 ou 3 meses com as TVs compradas, mas conseguimos. Construímos a sala de musculação, mas a aparelhagem era fraca. Era a que usávamos na Vila Olímpica ainda. Equipamentos antigos demais. Enquanto isso, o prédio era ampliado para receber intercambistas e na parte “nova” do prédio foi construído também um baita auditório (usado, inclusive, pelo Luxa na semana passada), sala de diretoria da base, vestiários separados para a comissão técnica, salas de reunião, etc. Tudo hoje está pronto, funcionando.

Por último, o prédio da base recebeu novas instalações pro refeitório, nova aparelhagem para a academia, lan house para os jogadores usarem a internet e se distrair, etc. No prédio principal temos ainda separados os vestiários de juniores, infantil e juvenil, com rouparia exclusiva de cada categoria. Além disso, temos a sala de fisioterapia, com tanque frio pros jogadores. Na minha opinião, falta ainda à base opção de lazer para preencher horários ociosos da garotada. Só vídeo-game e internet não basta.

Subindo pra área do campo 1, o principal, tivemos uma bela reforma paisagística, ampliação da estrutura para fisioterapia, fisiologia, departamento médico. Construiu-se também uma sala exclusiva para a comissão técnica, trocamos recentemente todos os aparelhos da academia, trouxemos modernos aparelhos para a fisiologia e fisioterapia, além de dotarmos o DM com toda a aparelhagem para que os exames passassem a ser feitos dentro do próprio CT.

O hotel do profissional, inaugurado recentemente, também é bacana. São 3 andares, sendo que no primeiro fica um hall com sala de jogos, de TV e um deck panorâmico, a cozinha, refeitório (restaurante é mais chique, né?) e um auditório (pequeno) para que o treinador faça as preleções, mostre vídeos pros atletas, etc.

O segundo e terceiro andares são dos apartamentos. Salvo engano, são cerca de 22 apartamentos duplos, suítes, com tv, frigobar, internet wireless, e tudo que um hotel oferece. O acabamento é bem feito, revestimento em granito preto e vidro, coisa fina. Temos um Galo de mármore na entrada do Hotel que é simplesmente espetacular.

Enfim, um visionário chamado Elias Kalil começou isso e não poderia ser diferente, o Alexandre Kalil pegou pelo chifre e tem, a cada dia, melhorado e dando forma ao sonho de seu pai.

Ainda temos um terreno para a construção de mais 4 campos e um mini-estádio para a base, mas acho que isso ainda vai demorar um pouco.

Autor:Igor Assunção "Nerso"

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Fotos:

"Bica eles GALO!"